Entrevista: Ankor

Formados em 2003 os Ankor são uma das mais promissoras ofertas de Espanha. Depois de uma estreia na sua língua materna, Al Fin Descansar, resolveram começar a conquista do mundo. Como primeira opção tática, mudaram do castelhano para o inglês e assim gravaram My Own Angel, um disco de emoções fortes e muita emotividade, como se depreende da entrevista que a banda concedeu a Via Noturna.

Os Ankor não são uma banda muito conhecida em Portugal. Podes contar um pouco da vossa história?
Somos amigos desde os dez anos e sempre gostamos de música rock. Por isso, em 2003 resolvemos começar esta banda para fazer a música que gostamos. Nos anos seguintes gravámos algumas demos e o nosso primeiro álbum, Al Fin Descansar, cantado em castelhano.

E quais são as vossas principais influências?
Nós gostamos de boa música em geral, não importa se é pop, funk ou jazz, mas temos algumas bandas de metal que realmente gostamos, como Avenged Sevenfold, Killswitch Engage, Bullet For My Valentine, Within Temptation, Nightwish, Paramore…

Este é, pois, o vosso segundo álbum, três anos após Al Fin Descansar. Porque tanto tempo?
O primeiro ano após Al Fin Descansar foi utilizado para apresentar o álbum ao vivo. Depois disso, começámos a estudar e a preparar cuidadosamente este álbum porque queríamos evoluir e descobrir novos estilos e influências. Esperamos que o próximo não demore tanto tempo.

A principal diferença, que salta logo à vista, para a vossa estreia é a lingua. Porque decidiram cantar em inglês desta vez?
Decidimos isso porque pensamos que encaixa muito melhor no nosso estilo. Por outro lado, também temos aspirações a espalhar a nossa música pelo mundo e seria mais difícil cantando em castelhano.

Na vossa opinião, que outras diferenças apontam em relação ao primeiro álbum?
Algumas. Desta vez trabalhamos mais para conseguir o som que pretendíamos e as melodias mais apelativas. Quando compusemos Al Fin Descansar tínhamos 18 anos. Agora, 4 anos depois, temos mais experiência quer ao nível musical, quer pessoal. Agora as nossas canções são mais diretas, procurando criar uma forte impressão no público.

Então, como descreveriam My Own Angel?
A nossa música é muito energética e melódica ao mesmo tempo e queremos transmitir isso com os nossos instrumentos. Temos poderosos vocais combinados coma doce voz da Rosa. Gostamos de fazer essa mistura com ternura.

Afinal, quem são os vossos anjos? Este é um álbum que busca inspiração aonde?
Os nossos anjos são dois dos nossos melhores amigos que perderam a vida num acidente durante a fase de composição. Por isso quisemos dedicar-lhes este trabalho. O anjo na capa e as letras do tema My Own Angel são baseados na história de vida real da família do David. Se ouvires bem a letra encontrarás a história das personagens que aparecem na capa e perceberás que o anjo é o espírito do pai, sempre presente na mente do filho, conduzindo o seu coração. É uma história triste, mas demonstrativa de muita esperança, explicada pela mãe.

O tema Remaining foi escolhido para o primeiro video. Porque a escolha deste tema?
Nós pensamos que esse tema é o mais forte do disco. É um dos mais diretos e apelativos e a letra fala da nossa história e como é difícil para as bandas que estão a começar uma carreira.

Já agora, que outras ações promocionais estão a ser preparadas?
Temos feito alguns concertos, apresentações promocionais, facebook… E de momento estamos a ponderar a possibilidade de filmar um outro video.

E quanto a uma tournée, há alguma coisa prevista para os próximos tempos?
Sim, estamos a preparar uma tour por Espanha que, talvez, possa ser alargada a outros países. Esperemos que Portugal seja incluído.

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