Review: Tibetan Monk (Domadora)

Tibetan Monk (Domadora)
(2013, Independente)
(5.9/6)

De repente somos assaltados por um turbilhão musical que vai arrastando tudo na sua frente. Não chega a três minutos, mas é suficiente para espalhar lava, fumo e fogo por toda a envolvente. Falamos de Tibetan Monk tema de abertura e que dá nome ao trabalho dos Domadora, banda de Paris. Daí para a frente seremos esmagados por múltiplas paisagens de stoner, doom, rock, psicadelismo. Uma impressionante viagem que começa em Jimi Hendrix e acaba onde só a clarividência e imaginação do trio permite que acabe. Três temas acima dos 10 minutos, outro próximo. Tempo suficiente para o trio desenvolver a sua brutal capacidade de improvisação, a sonoridade altamente distorcida, os longos solos de guitarra, os ritmos e contra-ritmos, os tempos e contra-tempos, as percussões alucinogénias, a fumacenta cacofonia, o psicadelismo, a fusão e a… genialidade! Tempo em que as canções crescem e respiram densidade e riffs blacksabbathianos. Pelo meio, apenas um tema cantado – Chased And Caught – mais easy listening embora mantendo a sua capa stoner/doom bem acentuada. Tibetan Monk é um disco verdadeiramente desconcertante, brilhante na forma e no conteúdo, impressionante na construção e desconstrução de estruturas assumidamente retro e vintage. Obrigatório descobrir. Obrigatório conhecer. Obrigatório possuir!

Tracklist:
1.      Tibetan Monk
2.      Ziggy Jam
3.      Naïroya
4.      Chase And Caught
5.      The Oldest Man On The Left
6.      Domadora Jam
7.      Wild Animal Skin

Line-up:
Belwill – guitarras, vocais
Gui Omm – baixo
Karim Bouazza – bateria

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