Entrevista: Skip Rock


O que acontece quando o heavy metal se cruza com o country western? Ouçam os germânicos Skip Rock e descubram. Mais de seis anos depois do seu último álbum, Take It Or Leave It, é a nova proposta do agora trio e funde os dois géneros de forma perfeita. Fomos falar com Marc Terry, o maior cowboy da Alemanha a propósito do seu Western Rock ‘n’ Roll.

Olá Marc! Obrigado pela disponibilidade! Podes falar um pouco dos Skip Rock para quem não vos conhece?
Os Skip Rock foram formados por mim e por Darius Dee no final de 2007. A partir de 2008 andámos em tournée com Eric Singer Project (baterista dos Kiss) e sua banda. Nessa altura lançámos o nosso EP Rough n Ready. Nos anos seguintes andámos em tournée com Chris Slade e sua banda, Michael Schenker e tocamos em festivais com UDO, Primal Fear, Böse Onkelz- Stefan Weidner, Bonfire e muitos outros. Foi nessa altura que lançámos o álbum Hit and Run que foi muito bem recebido. Depois de algumas mudanças no line up em 2014 decidimos mudar o nosso estilo de um som típico dos anos 80 para um Western Raw Can Roll tendo lançado o último álbum Take It Or Leave It em maio de 2015.

Daí a designação de Heavy Western Rock ‘n’ Roll. O que é isso exatamente?
É uma mistura de riffs heavy, refrães com partes harmónicas e sons e arranjos típicos do Western, combinado com um estilo vocal à Johnny Cash.

Como é que uma banda alemã consegue obter um som tão americano?
Eu cresci na Alemanha onde os soldados americanos estavam estacionados na altura das operações Tempestade no Deserto. Ouvia os sons do stadion rock americano e bandas como Kansas, Molly Hatchet, Journey, America, Ted Nugent, Steve Morse e outros, de modo que esses são a maioria das minhas influências.

Desde a vossa formação que tiveram algumas mudanças de formação. Como lidaram com essa situação?
Yea, foi um dilema. Os meus antigos companheiros ​​deixaram a banda para seguir diferentes carreiras de trabalho. Entendo isso. Mas ultimamente tem sido muito difícil encontrar as pessoas certas, com o mesmo objetivo, porque este é um modo de vida muito longo e pedregoso e tens que investir muito tempo e muitas vezes com muito pouco lucro.

Foi essa a principal razão para este longo intervalo entre os álbuns?
A minha opinião é, gravar um álbum e promovê-lo tão bem quanto possível. O álbum deve conter canções fortes. Para mim, não faz sentido lançar um álbum a cada ano com as músicas a soar ao mesmo. A criatividade leva tempo e não me vou colocar sob pressão. Demore o tempo que demorar.

E porque razão decidiram continuar como trio?
Foi o facto das mudanças de membros que tivemos no passado. Não faz nenhum sentido ter um line up novo em cada ano. Quero ter a certeza que tenho as pessoas certas a tocar na banda, tê-los a 100% na banda.

Em que difere este álbum quando comparado com Hit And Run?
Hit And Run era um som mais orientado para os típicos 80’s. O último álbum surgiu com algumas importantes mudanças no estilo e no som.

Quem faz dueto contigo na canção Too Young?
Sim, a minha parceira é uma grande amiga. Chama-se Gaby Weihmayer e é a vocalista de uma banda chamada Red To Grey, de Munique, Alemanha. Sim, ela tem uma voz incrível!!

O palco é definitivamente o vosso habitat natural, correto? Como são os Skip Rock ao vivo?
Sim, a banda e eu sentimo-nos muito bem no palco e gostamos de tocar ao vivo o mais rápido possível. Tocar ao vivo, quando a audiência está a curtir o teu material é a melhor recompensa por todo o trabalho duro que se tem que fazer, quando tocas numa banda com ambições profissionais.

E o que têm programado para os próximos tempos no que diz respeito a promover Take It Or Leave It ao viso?
Este verão, tiramos uns dias de férias porque estávamos a tocar, ensaiar e produzir continuamente nos últimos 3 anos. Em algum momento precisas de carregar as tuas próprias baterias. Estamos a planear fazer uma nova tour no final de 2015. Também já há algumas hipóteses para festivais em 2016. Mas há mais para ser anunciado em breve.

Muito obrigado Mark. Dou-te a oportunidade de acrescentar mais alguma coisa…
Temos que te agradecer pela entrevista. E vou agradecer a todos os fãs de todo o mundo, que têm seguido os Skip Rock ao longo de todos os anos e, claro, todos os novos fãs que gostam do som Skip Roc. Sem vocês, nada disso teria acontecido!! Deus vos abençoe, tudo de melhor e continuem a rockar!!

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