Review: Erosion (Cydemind)

Erosion (Cydemind)
(2017, Socan)
(6.0/6)

Do Canadá chega-nos a nova vaga do metal progressivo. Erosion, álbum de estreia dos Cydemind é uma das mais excitantes experiências dentro deste género nos últimos anos. Afinal, o que apresentam de novo os Cydemind? O violino que acaba por substituir, na íntegra, as vozes. Um violino que é a imagem de marca do coletivo, mas também o garante da magia de Erosion. Um violino que tanto se mostra rockeiro, como jazzístico, como clássico. E isso torna as seis músicas de Erosion também elas com diferentes elans. Globalmente, há virtuosismo em todos os elementos e as estruturas trazem a matriz típica do prog metal de uns Dream Theater. A diferença surge, pois, na introdução do violino, na ausência da voz e na conjugação das diferentes estruturas que enquadram uma sequencialidade de perfeição. Dois temas longos – um com 13 minutos e outro com quase meia hora, respetivamente Derecho e o tema-título – deixam bem claro que a capacidade de criação da banda supera muito do que faz atualmente no prog. Os temas são longos (muito longo, até no caso de Erosion), mas em momento algum, há saturação ou enfado. O álbum, em si, traz complexidade, mas em momento algum se torna confuso ou impercetível. Por isso, é um disco de enorme qualidade, que eleva o prog a um nível único de beleza, criatividade, intensidade e inovação.

Tracklist:
1.      What Remains
2.      Tree Of Tales
3.      Derecho
4.      Red Tides
5.      Stream Capture
6.      Erosion

Line-up:
Olivier Allard – violino
Alexandre Dagenais – bateria
Camille Delage – piano e teclados
Nico Damoulianos – baixo
Kevin Paquet – guitarras

Internet:
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Edição: Socan    

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