Reviews - Julho 2017

Back To The Roots (Bastian)
(2017, Sliptrick Records)
Este projeto criado por Sebastiano Conti e onde pontificam membros tão destacados do cenário rock mundial como o vocalista Apollo Papathanasio e Vinny Appice atinge o seu terceiro álbum. E é aqui que se apresenta uma mistura perfeita entre diferentes sonoridades e influências da história do rock, que nos levam de regresso às raízes do género. Por isso o metal tradicional e, essencialmente, o hard rock dos anos 70 estão muito presentes. Conti é claramente influenciado no seu estilo de tocar por Ritchie Blackmore, sendo que Dio, Rainbow e Uriah Heep acabam por ser outras referências relevantes. (4.8/6)


Apocalypse 2.0 (Blind Seer)
(2017, Massacre Records)
Da Bélgica chegam-nos os Blind Seer que se estreiam com Apocalypse 2.0. Em onze temas, mais uma versão de Starman de David Bowie, o trio cruza metal, thrash, industrial, experimental e electro. Por isso, não se pode dizer que por ali falte criatividade. O problema está na forma como essas influências são geridas, acabando o resultado final por não ser muito convincente, agravado, ainda, com uns vocais pouco consistentes. Um trabalho que poderá interessar a quem gosta daquelas coisas estranhas que os Mekong Delta faziam (claro, num patamar muito superior) ou da agressividade/ruído de uns Prodigy ou Rammstein. E uma coisa é certa: a estes belgas ninguém fica indiferente, pela quantidade de janelas musicais abertas. (4.5/6)


So It Hath Begun (Henry Metal)
(2017, Independente)
Os Henry Metal eram completamente desconhecidos para nós e, de repente, somos surpreendidos com três lançamentos neste ano. De todos, o que nos chegou à nossa mesa de trabalho foi So It Hath Begun, que é, também o disco de estreia. E So It Hath Begun começa de forma estrondosa com o primeiro quarteto de temas de grande classe. Heavy metal tradicional, fantásticos solos, melodia a rodos e uma balada soberba. Depois, de repente, a banda começa a entrar em campos fora da sua zona de conforto, com bastante mais experimentalismo e essa fase é menos interessante. Para o final, regressa a melodia, ainda assim embrulhada em ritmos estranhos. Para já, um terço de surpresa, um terço de revelação e um terço de desilusão. (5.3/6)


Return Of The Spectral Rider (Ravage)
(2017, Independente)
Este conjunto de temas agradáveis de verdadeiro heavy metal já tinha visto a luz do dia no álbum Spectral Rider, lançado por uma editora pequena e com uma fraca produção. Passaram-se 12 anos e os Ravage, finalmente, conseguem dar ao seu heavy metal clássico a roupagem que este conjunto de temas sempre mereceu. Felizmente a magia dos anos 80 não se perdeu, e entre referências a Screaming For Vengeace ou The Number Of The Beast, lá vão surgindo apontamentos thrash oriundos do que na altura se fazia na Bay Area. (5.2/6)


Overloaded (42 Decibel)
(2017, Steamhammer/SPV)

Terceiro álbum para a banda de blues rock germânica que obteve bastante sucesso com os seus anteriores Hard Rock ‘n’ Roll (2013) e Rolling In Town (2015). Mantendo bem alta a bandeira do seu blues rock, Overloaded atiça ainda mais a chama do seu hard rock sujo, barulhento e distorcido. Um disco onde o quarteto apresenta dez novos temas inspirados na ideia de levar aos extremos os seus instrumentos. E consegue-o! (4.8/6)

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