Info-Reviews - Dezembro de 2017 (II)

ShowDown (KING’S CALL)
(2017, Lions Pride Music)
Depois de dois álbuns para a Mausoleum, o guitarrista greco-germânico Alex Garoufalidis regressa com o terceiro registo do seu projeto King’s Call, pela Lions Pride Music e intitulado ShowDown. Todavia, salvo momentos pontuais, as boas indicações deixadas no seu álbum anterior não são confirmadas. Isto apesar da abertura com Who I Am colocar a fasquia lá bem no alto. Mas o tal som épico de uma obra-prima referido no press release está longe de ser atingido e só volta a ser tocado em Cry On The Wind. Sim, é um álbum decente de hard rock melódico com um par de grandes canções e outras tantas que só servem para encher, sendo que grande parte do mérito deste ShowDown está no trabalho solo de Garoufalidis. [4.9/6]


Awakening (MILLENNIUM)
(2017, Independente)
Awakening é o segundo disco dos renascidos Millennium. A banda britânica tinha lançado a sua estreia em 1984 e depois é preciso avançar até 2016 para se voltar a ouvir falar de um longa duração. Este terceiro disco da carreira carrega na perfeição a bandeira do NWOBHM, com vocais altos, riffs eletrizantes e ritmos acelerados. Aqui e ali surge a influência da cena thrash da Bay Area – Exodus, Testament, ou mesmo Metallica. Após a audição desta bomba, só nos resta afirmar uma coisa: a qualidade está lá, portanto, que sejam mais bem-sucedidos desta vez. [5.2/6]


Chronus (CHRONUS)
(2017, EMP Label Group)
Desde Helsingborn, na Suécia, vêm os Chronus, um coletivo jovem, fresco e visionário liderado por Baron. Ainda assim, carregam a tocha de um heavy metal surpreendentemente maduro. Com um desempenho majestoso, melodias impressionantes e riffs pesados, os Chronus já foram comparados a Mastodon e Gojira. Vestido de branco (em contraste com os seus companheiros de negro), Baron, o vocalista e guitarrista, personifica uma voz que lembra Ozzy Osbourne. Desde outubro que já está cá fora o trabalho homónimo de estreia. [5.0/6]


Psychotic Symphony (SONS OF APOLLO)
(2017, InsideOut Music)
No inicio de 2017 começaram a circular rumores de um novo grupo envolvendo os ex-Dream Theater Mike Portnoy e Derek Sherinian. E foi no dia 1 de agosto que a dupla apresentou, finalmente, os Sons Of Apollo, juntamente com Billy Sheehan, Ron Thal e Jeff Scott Soto e, alguns meses mais tarde surge este álbum, Psychotic Symphony. Este disco pode ser descrito como uma combinação letal de verdadeiro rock ‘n’ roll com virtuosismo. Moderno, contemporâneo, mas também com elementos old-school, assim como se os Dream Theater se cruzassem com Deep Purple, Van Halen ou Led Zeppelin. [5.0/6]


Mastermind Tyranny (ETERNAL SILENCE)
(2017, Sliptrick Records)
Terceiro álbum dos italianos Eternal Silence e, claramente, um passo em frente, em relação a tudo o que já havia apresentado. Mastermind Tyranny é mais evoluído e refinado, a secção rítmica está mais forte e pesada, o que combinado com um uso mais criterioso e preciso das orquestrações criam um conjunto bombástico de temas. Por cima destes, evoluem de forma graciosa e em perfeita harmonia, as vozes masculinas e femininas criando magnificas melodias. Refira-se ainda, que o power metal está bem presente, até bem mais evidente que nos seus dois primeiros discos, embora mereça destaque o incremento de atmosferas góticas. O tema abordado neste novo álbum é a subjugação das mentes e o controlo das massas através da disseminação de ideias falsas. [5.9/6]

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